sábado, 4 de maio de 2013


O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa, disse que vai começar a analisar os recursos dos condenados no mensalão quando voltar ao Brasil.
O ministro está na Costa Rica, onde participa, a convite da Unesco, da comemoração do dia mundial pela liberdade de imprensa.
Entidades ligadas a liberdade de expressão e jornalistas do mundo todo foram para a Costa Rica debater a segurança no exercício do jornalismo.
O ministro Joaquim Barbosa foi o orador principal do evento. No discurso em inglês, ele ressaltou a importância de se garantir a liberdade de imprensa e fez críticas aos principais jornais impressos do Brasil.
Para Barbosa, não há diversidade ideológica e no campo das ideias há uma certa inclinação para a direita.
Sobre a mídia em geral, disse que a presença de pessoas negras é rara. Seja em postos de trabalho na imprensa e teledramaturgia, seja em cargos de chefia. Joaquim Barbosa, disse ainda, que, apesar de sólido, o sistema judiciário no Brasil ainda apresenta falhas ao desfavorecer pobres e negros.
E voltou a dizer que o foro privilegiado, que garante que autoridades sejam julgadas em instâncias superiores, acaba favorecendo a impunidade.
Em uma entrevista rápida, o ministro Joaquim Barbosa falou sobre o julgamento do mensalão. Disse que ainda não tomou conhecimento dos recursos dos 25 réus condenados, mas que nos próximos dias, quando voltar ao Brasil, vai começar a analisar os documentos.
Ele não quis comentar o pedido de alguns réus para que ele não seja o relator dos recursos. E disse que os embargos declaratórios, apresentados até a quinta-feira (2), não têm poder de modificar condenações em ação penal.
“Embargos de declaração visam simplesmente a corrigir eventuais contradições. Tecnicamente não.”, explicou o ministro.
A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão não se manifestou sobre as declarações do ministro Joaquim Barbosa.
A Associação Nacional de Jornais declarou que o país tem mais de 600 jornais diários, que atendem a todas as cidades e regiões com as mais diferentes linhas editoriais.
Fonte: G1

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